Bomba de Morfina

A bomba de morfina, nome popular para dispositivo de infusão intratecal, nada mais é do que um aparelho que contém um reservatório capaz de armazenar medicações para alívio de dor, implantado na região abdominal e que fica conectado com a medula espinhal através de um cateter. É na medula espinhal, mais precisamente no espaço subaracnoídeo, que a medicação é liberada para trazer o alívio da dor.

Como funciona?

Antes de se utilizar a “bomba” propriamente dita, o paciente é submetido a um teste através da colocação de um cateter na coluna, por onde será infundida a morfina. Caso o paciente tenha uma boa resposta com esse teste (e os efeitos colaterais sejam passageiros e/ou toleráveis), é programada a colocação da bomba (em outra ocasião).
A cirurgia pode ser feita sob anestesia geral ou local. Isso vai depender das condições clínicas e preferências de cada um e será discutido com seu médico.

Desenho mostra a localização em que a bomba de morfina é implantada. Meramente ilustrativo.

Para quem está indicada a bomba de morfina?

A bomba de morfina está indicada principalmente para os pacientes com câncer que não obtiveram alívio da dor apesar de altas doses de morfina ou que não toleram seus efeitos colaterais (mesmo com baixas doses). Talvez a maior vantagem da bomba de morfina seja a possibilidade de mínimas doses com máxima eficácia, já que ela leva a medicação direto ao sistema nervoso (no caso, a medula espinhal).
Casos muito bem selecionados de dores “benignas” (ou seja, aquelas não-relacionadas ao câncer) também podem ser indicadas para o tratamento com bomba de morfina. Mas precisam que um especialista avalie caso-a-caso com bastante critério.