A dor do membro fantasma (ou simplesmente dor fantasma) ocorre quando a pessoa sente dor em um membro ou parte dele após amputação. Não confundir com sensação fantasma, que são sensações não-dolorosas no membro que não existe mais. Precisamos definir ainda a dor do coto de amputação, que ocorre na extremidade do local amputado.
Entre os amputados, cerca de 75% tem dor do membro fantasma, 45% tem dor no coto de amputação, 35% tem dor fantasma e dor do coto e 15% não sentem dor.
Diagnóstico
A maioria dos pacientes com dor fantasma tem dor intermitente, com intervalos que variam de um dia a várias semanas. Geralmente a dor se manifesta em crises que duram entre poucos segundos a minutos ou horas.
Os pacientes descrevem a dor como sendo “em tiro”, facada, fisgada, pontada, aperto e queimação. Normalmente a dor aparece nas partes mais extremas dos membros como mãos, pés e dedos. A dor pode começar logo após a amputação ou semanas após.
É mais comum ocorrer nos membros superiores que nos membros inferiores. E o fato de já haver dor antes da amputação, aumenta o risco de dor fantasma crônica. Vale lembrar que a dor fantasma, embora bem menos comum, pode ocorrer por exemplo após mastectomia, enucleação do olho, colecistectomia (retirada da vesícula biliar), entre outros órgãos.
Tratamento
Importante dizer que em cerca de metade dos casos, a dor fantasma diminui ou desaparece com o tempo, mas o tratamento é desafiador.
Normalmente iniciamos o tratamento com medicamentos como: analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes, opioides. Quando o tratamento falha ou o paciente não tolera os efeitos colaterais dos medicamentos, utilizamos as terapias intervencionistas, algumas já no período que antecede a amputação, bloqueios e radiofrequência de determinados nervos, além da neuromodulação espinhal ou cerebral.
Interessante dizer que existem alguns métodos como a terapia do espelho, em que o paciente tanto antes como depois da amputação é colocado diante de um espelho e realiza alguns movimentos para “enganar” o cérebro, que vai achar que o membro amputado ainda está lá.
Consulte sempre um especialista em dor credenciado e experiente no assunto. Afinal, existe tratamento!