A Síndrome da dor Complexa Regional (SDCR) apresenta-se como um conjunto de alterações que acometem um membro (braço ou perna), geralmente após uma fratura ou um trauma (podendo ocorrer mais raramente de forma espontânea), causando muita dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), piora da força e até mesmo deformidades.
Quando existe apenas lesão tecidual (pele, músculos, tendões), chamamos de “tipo I”, e quando existe lesão de algum nervo, “tipo II”.
Diagnóstico
A pessoa apresenta dor contínua espontânea ou associada a alodínea (dor ao mínimo toque) que aparece nos membros superiores e/ou inferiores, mais intensamente nas mãos e nos pés.
Normalmente ocorre após fratura, imobilização (por fratura, luxação ou entorse), cirurgia, trauma (pode ser a simples e leve batida de algum objeto em determinado membro) ou mesmo de maneira espontânea, acompanhada de vermelhidão, inchaço, piora da força e com deformidade das mãos ou pés. Alguns exames como eletroneuromiografia, raio-x ou ressonância magnética são solicitados apenas como forma de excluir outras doenças.

Mão direita com diagnóstico de SDCR.
Tratamento
É fundamental a realização de fisioterapia para correta mobilização da área afetada, aliada ao uso de algumas das seguintes medicações: anti-inflamatórios, bloqueadores dos canais de cálcio, relaxantes musculares, antidepressivos e anticonvulsivantes, entre outros. A escolha de cada um desses medicamentos deve ser individual, podendo ou não ser combinada com o tratamento intervencionista.
O tratamento intervencionista da dor emprega, desde bloqueios venosos, bloqueios do sistema simpático (grupos de nervos que ficam juntos da coluna vertebral) e radiofrequência até a neuromodulação, que utiliza estimuladores na coluna ou nos nervos periféricos.
Consulte sempre um especialista em dor credenciado e experiente para cuidar da sua dor. Ela tem tratamento!